O sábado (02/08) foi de aprendizado e de troca de informação para os 26 jovens integrantes da segunda turma do projeto Futuros Produtores do Brasil. O grupo, composto pelos jovens que participaram da primeira edição do projeto no ano passado, se reuniu em Cuiabá e teve a oportunidade de conhecer um pouco a história do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e a experiência de vida do superintende do instituto, Otávio Celidonio.
O vice-presidente da região IV da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) Marcos da Rosa, abriu o encontro passando uma mensagem de otimismo aos Futuros Produtores do Brasil. "Independentemente do caminho que vocês forem seguir, o importante é que sejam honestos em tudo o que fizerem. O sucesso é resultado do esforço, da honestidade e da busca pelo conhecimento". O Sistema Famato também tem o compromisso em levar conhecimento para as futuras gerações do agronegócio e se preocupa com formação de novos líderes do setor.
Após o bate-papo com o vice-presidente da Famato, foi a vez do superintende do Imea Otávio Celidonio contar um pouco sobre sua trajetória. Celidonio nasceu em Araçatuba-SP e desde criança viveu no campo. Seus pais são produtores rurais e em 1991 a família mudou-se para Pontes em Lacerda, em Mato Grosso. Quando completou 15 anos, Celidonio voltou para São Paulo com o objetivo de estudar. "Foi nessa época que descobri que eu não gostava de estudar, mas amava aprender", conta.
Foi esse amor pelo conhecimento que fez com que Celidonio ingressasse em 2001 no curso de Agronomia da ESALQ/USP. Durante a faculdade, ele fez diversos estágios até se formar e conseguir seu primeiro emprego, em uma propriedade de pecuária no Paraguai. Os constantes roubos de gado, os perigos e a solidão fez com que ele voltasse ao Brasil. Após oito meses desempregado, o engenheiro agrônomo foi convidado para fazer parte da equipe do Imea.
No instituto, Celidonio começou como analista da cadeia da bovinocultura de corte e foi responsável pela estruturação desta cadeia. Também ajudou a criar e fortalecer a visão, a missão e os valores do instituto. Desde julho de 2010 é superintendente do Imea.
"Por meio da geração e do compartilhamento de conhecimento, o Imea contribui para o desenvolvimento sustentável do agro no Brasil. São números que ajudam as entidades do setor a buscar melhorias e os produtores a produzir com mais eficiência", explica Celidonio.
Como superintendente do instituto, Celidonio teve a oportunidade de participar dos grandes eventos internacionais do setor agropecuário, entre eles o International Food and Agrobusiness Management em que tirou a grande lição que deixou para os jovens.
"A cada dia o mundo precisa de mais alimento, tecnologia e terras para produzir. Isso tudo não vai faltar. O que vai fazer a diferença são as pessoas, líderes treinados e com conhecimento. Por isso, esses jovens precisam entender o que está acontecendo no setor, pensar em estratégias para serem mais efetivos, conhecer o mercado e ajudar o mundo a produzir mais e de maneira sustentável", orienta o superintendente do Imea.
O jovem José Augusto, estudante do curso de agronomia em Campo Verde, entendeu o recado. Para ele, produzir com qualidade é importante, mas ter conhecimento é essencial. "Para ter sucesso na nossa área nós precisamos estudar e buscar mais conhecimento. Eu já comecei a participar do dia a dia de compra e venda na propriedade do meu pai, o próximo passo é conseguir um estágio na área de mercado, afinal, além de produzir com eficiência, precisamos saber vender também", ressalta o jovem.
Projeto – O projeto Futuros Produtores do Brasil é uma iniciativa da Famato e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), com o apoio dos Sindicatos Rurais e patrocínio da Monsanto. Este é o segundo ano do projeto que conta com duas turmas de jovens com idade entre 16 e 24 anos, filhos de produtores rurais e de pessoas ligadas ao agronegócio.
Para mais informações sobre o projeto acesse a página do facebook: www.facebook.com/futurosprodutoresdobrasil.