O Governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), dá início a medidas de defesa sanitária para o controle do mormo, uma doença infectocontagiosa que acomete equídeos (asininos, muares e equinos). A principal delas é a restrição do trânsito dos equídeos para a participação de eventos agropecuários, sendo permitida apenas a participação de animais que possuam exame negativo para a doença e atestado emitido por médico veterinário.
A presidente do Indea-MT, Maria Auxiliadora Diniz, explica que o mormo é uma doença de interesse sanitário, econômico e social que pode se proliferar com o trânsito e aglomeração de equídeos para a participação de feiras, exposições, rodeios, provas e laço e outros eventos, comprometendo o status sanitário do plantel de equídeos de Mato Grosso. Além disso, possui caráter zoonótico, ou seja, pode ser transmitida ao humano.
Para que equídeos participem de qualquer evento agropecuário em Mato Grosso é necessário que os proprietários apresentem junto à Guia de Transporte Animal (GTA) o resultado negativo para mormo – realizado por laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dentro do prazo de validade, que é de 180 dias para propriedades monitoradas e 60 dias para as demais.
Outra exigência é a apresentação de atestado emitido por médico veterinário declarando ausência de sinais clínicos do mormo no animal. A portaria nº 24/2014, que dispõe sobre as medidas, foi publicada no Diário Oficial que circula nesta quinta-feira (08) no estado. Todas as unidades do Indea-MT já foram comunicadas sobre as novas regras.
As medidas restritivas foram adotadas depois que um equino, localizado em uma propriedade rural de Nova Lacerda (550 Km a Oeste de Cuiabá), apresentou resultado positivo para mormo. O animal já foi inspecionado e segue isolado e em observação na propriedade, o material coletado será encaminhado nesta quinta-feira (08) para o laboratório oficial do Mapa, em Pernambuco, para exames confirmatórios.
A propriedade rural foi interditada e caso o novo teste seja positivo para mormo o animal infectado deverá ser sacrificado e os demais submetidos aos exames necessários, conforme prevê a Instrução Normativa do MAPA n° 24 de 5 de abril de 2004. “Estamos trabalhando para dar respostas rápidas e manter Mato Grosso livre da doença”, frisou Maria Auxiliadora.
Os criadores devem ficar atentos aos sintomas da doença, entre eles febre, tosse e corrimento nasal. O animal também pode apresentar emagrecimento, nódulos e lesões na pele. Para tirar dúvidas sobre as medidas adotadas basta entrar em contato com uma Unidade Local do Indea em todo o estado ou com a Coordenadoria de Controle de Doenças Animais (CCDA) do Indea-MT pelo telefone (65) 3613-6056. Denúncias sobre casos suspeitos da doença podem ser feitas pelo número 0800-65-3015.
Confira aqui a lista de laboratórios credenciados pelo Mapa para diagnosticar mormo.