Vinte e três oficiais-estudantes da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, localizada no Rio de Janeiro, conheceram as potencialidades da economia mato-grossense, sobretudo quanto ao agronegócio e à indústria, em evento realizado na manhã desta quinta-feira (27/08). Sediado no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), o encontro iniciou com uma rodada de palestras de representantes do Sistema Famato/Senar, da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Movimento Pró-Logística para ajudar os futuros assessores dos chefes militares do país a pensar, de forma estratégica, as regiões em que atuam.
“Estão na Escola de Comando altos oficiais do Exército que, após finalizar essa pós-graduação, vão assessorar os chefes militares, os generais. Aqui, eles estão fazendo um estudo estratégico sobre Mato Grosso para entender as características de todos os campos, inclusive o econômico, a fim de estarem preparados para ajudar nas decisões políticas de seus assessorados”, esclareceu o líder dos militares, coronel Josias Pedrotti.
Parte da conversa girou em torno da realidade e das necessidades logísticas que Mato Grosso enfrenta, sobretudo quanto à carência da interligação modal entre rodovias, ferrovias e hidrovias. “Mato Grosso está em uma região estratégica quanto à defesa externa, é fundamental conhecermos essa realidade”, pontuou o militar, especialmente quanto à extensão da fronteira seca de mais de 800 quilômetros que o Estado tem com a Bolívia.
Com a palestra “Mato Grosso: O Grande Estado do Agro”, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) – um dos braços do Sistema Famato/Senar -, Otávio Celidônio, deu ênfase à importância econômica que o Estado representa no contexto produtivo nacional e mundial. “Para se ter uma ideia sobre a importância da produção de Mato Grosso, daqui saem cerca de 30% da soja do país e 9% da soja mundial”, informou.
O superintendente em exercício da Fiemt, João José de Amorim, disse fazer questão da participação da entidade no evento, já que ajuda a formar pessoas que são decisivas nas tomadas de decisão sobre a segurança nacional. “Esses são futuros dirigentes da área de segurança do país. Temos muito carinho por esse evento e procuramos sempre trazer pessoas muito preparadas para falar sobre a pujança deste Estado quanto à indústria”. A convite da Fiemt, falaram sobre logística e processo de industrialização o diretor-executivo do Movimento Pró-Logísitca, Edeon Vaz, e o consultor Alfredo da Mota Menezes, respectivamente.
Após as apresentações, os oficiais participaram de um debate com os palestrantes. A organização do agronegócio foi um dos temas explorados pelos militares, por perceberem se tratar de um setor que cresce e sabe onde quer chegar. “Em Mato Grosso, criamos um ambiente organizacional com as associações e a parte sindical, representada pela Famato e pelos sindicatos rurais. Mas vamos além, temos uma interação com o Congresso muito grande por meio da atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária, com mais de 200 parlamentares que levam nossos pleitos para serem apreciados e transformados em lei”, esclareceu o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado.
Ao final, o coronel Pedrotti destacou que, após a visita, no dia anterior, ao governo do Estado, ficou claro o posicionamento alinhado entre as propostas para Mato Grosso do poder público com o setor econômico. “Estamos em todo o país e, normalmente, há uma divergência entre os governos e o setor empresarial. Aqui, vocês estão de parabéns, vi um secretariado altamente técnico no governo estadual, que, para minha surpresa, tem ideias alinhadas com o lado econômico e empresarial”.
Os militares finalizaram o evento agradecendo pelas palestras e entregando uma homenagem aos participantes.
A Famato é a entidade que representa 89 sindicatos rurais. Junto com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Senar-MT, forma o Sistema Famato. Acompanhe as redes sociais: www.facebook.com/sistemafamato e @sistemafamato (twitter e instagram).