O cultivo protegido de tomate foi tema do segundo dia do encontro do Projeto Futuros Produtores do Brasil em Campinas – SP. Nessa sexta-feira (16), os jovens, que estão no segundo ano do projeto, visitaram a produção de tomate do Projeto Mai s- Modelo Agrícola de Inovação Sustentável, desenvolvido pela Monsanto, a Seminis, a Casa Bugre São Paulo e outros parceiros.
Segundo um dos coordenadores do Mais, Rubens Pícoli Mothé, o projeto foi criado no ano passado para facilitar o acesso das informações ao agricultor, colocando em uma única estrutura todas as etapas que são necessárias para o cultivo protegido sustentável economicamente. “Aqui realizamos o monitoramento completo de informações e variações de tecnologias, compartilhamos essas informações visando profissionalização e evolução do setor. A área também foi planejada em escala comercial visando produtividade e lucratividade”.
O projeto conta com seis módulos de produção (estufas) com 1.382m² cada um, onde são produzidos quatro variedades de tomate. São cerca de 1500 plantas por estufa que produzem dois ciclos por ano gerando uma produtividade em torno de 18,4 kg/m². “Nosso custo de produção é de R$ 434 mil a maior parte, 68%, é oriundo da mão-de-obra. Apesar disso, temos uma rentabilidade de 42%”, explicou o coordenador.
Para Rafael Bortolo, participante do projeto Futuros Produtores do Brasil, a visita foi muito interessante. “A produção de tomate é algo que não vivenciamos diariamente em Mato Grosso, mas com essa visita foi possível adquirir conhecimentos que poderão ser aplicados caso um dia decida ter mais uma fonte de renda com uma produção como esta”.
O futuro produtor Marcelo Chioquetta também acredita que os conhecimentos adquiridos durante a visita ao projeto Mais serão úteis em seu dia-a-dia. “A forma de manejo utilizada por eles, a questão de produzir com sustentabilidade visando lucratividade é algo que pode ser aplicado por qualquer produtor rural, independente do seu tamanho ou da cultura produzida”.
Futuros Produtores do Brasil – Um dos objetivos do projeto é despertar nos jovens, filhos de produtores rurais, o interesse pela sucessão familiar, além de formar novas lideranças no setor. É uma iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), com o apoio dos Sindicatos Rurais do estado. Este é o quarto ano do projeto que conta com duas turmas de jovens com idade entre 18 e 24 anos, filhos de produtores rurais e de pessoas ligadas ao agronegócio.