A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) tem participado constantemente das reuniões sobre a retirada da obrigatoriedade da vacinação da febre aftosa em bovinos e bubalinos no país. O plano para isso, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está na reta final. Representada pelo diretor Antônio Carlos Carvalho de Sousa, a Famato marcou presença em uma audiência pública no Senado Federal para tratar do assunto, na última semana.
Antônio fez uma apresentação alertando que a defesa sanitária deve ser prioridade nacional e destacou também a necessidade de aumentar a vigilância na região de fronteira internacional, especialmente de Mato Grosso com a Bolívia. “Expusemos aos senadores e deputados a necessidade de implementar o orçamento do Ministério da Agricultura, que hoje é muito baixo para atender o programa de febre aftosa em todo o Brasil. São apenas R$ 22 milhões para cuidar de mais de 220 milhões de animais no país. Os produtores estão fazendo a parte deles, mas os governos estadual e federal precisam ampliar o serviço de vigilância para garantir a sanidade do rebanho”, afirmou.
Na audiência, representantes do Mapa apresentaram o andamento do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa), que está na etapa final. As entidades do Agro tiveram até o dia 31 de maio para enviar sugestões para serem inseridas no plano. A Famato expôs o seu ponto de vista e o setor produtivo do país contribuiu com nove propostas.
A audiência pública aconteceu na Comissão de Agricultura do Senado, convocada pelo senador Cidinho Santos, e contou com a participação dos senadores Waldemir Moka, de Mato Grosso do Sul, e Ivo Cassol, de Rondônia, e de deputados federais do Paraná, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Também participaram representantes do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).